Informações 

Os links para acesso nos minicursos serão enviados por e-mail no dia 05/10. 



MINICURSOS

1. História do tempo presente: possibilidades, fontes e problemas.

Proponente: Pedro Carvalho Oliveira (UEM)

Resumo

O presente minicurso buscará discutir a História do Tempo Presente como um campo do conhecimento histórico. Este campo, dotado de procedimentos e mecanismos particulares, nos permite vastas possibilidades para o exame dos processos históricos contemporâneos a nós. Contudo, cercada por polêmicas, a História do Tempo presente é, com frequência, questionada por sua proposta de lidar com um terreno insólito dentro da longa duração. Com isso, trabalharemos para esclarecer as especificidades do campo, seu rigor metodológico, suas características e possibilidades de trabalho.

Bibliografia

LOCH, Marc. Passado e “presente”. In: Apologia da História ou o ofício de historiador. Trad. André Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 60-68.

BÉDARIDA, François. Tempo presente e presença na história. In: FERREIRA, Marieta de M., AMADO, Janaína (Orgs.). Usos e abusos da História Oral. Rio de Janeiro: FGV, 2006, p. 219-231.

CHAUVEAU, A.; TÉTART, P. Questões para a história do presente. In: Questões para a história do presente. Trad. Ilka Stern Cohen. Bauru: EDUSC, 1999, p. 07-37.

RIOUX, Jean-Pierre. Pode-se fazer uma história do presente? In: CHAUVEAU, A.; TÉTART, P. (Orgs.). Questões para a história do presente. Trad. Ilka Stern Cohen. Bauru: EDUSC, 1999, p. 39-50.

FRANK, Robert. Questões para as fontes do presente. In: CHAUVEAU, A.; TÉTART, P. (Orgs.). Questões para a história do presente. Trad. Ilka Stern Cohen. Bauru: EDUSC, 1999, p. 103-118.

DOSSE, François. História do Tempo Presente e historiografia. Tempo & Argumento, Florianópolis, v. 04, n. 01, p. 05-22, jan./jun. 2012.

BLOCH, Marc. A estranha derrota. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.

LACOUTURE, Jean. A história imediata. In: LE GOFF, Jacques; CHARTIER, Roger; REVEL, Jaques (Orgs.). A nova história. Coimbra: Almedina. 1978. 

 


2. História das ideias conservadoras: reflexões sobre o conservadorismo do século XIX e sobre o Brasil do tempo presente.

Proponente: Giovana Eloá Mantovani Mulza (UEM)

Resumo

A história das ideias conservadoras consistiu em uma temática amplamente retomada na América Latina nos últimos decênios: diversos governantes eleitos para as democracias latino-americanas permaneceram dotados do pejorativo adjetivo “conservador”. A terminologia fora muito empregue pelas mídias e universidades enquanto sinônimo de posturas reacionárias e totalitárias. A doutrina conservadora – cuja gênese remete a Edmund Burke (1729-1797) – permaneceu dotada de uma historicidade responsável por destitui-la de seu arcabouço originário e ressignifica-la em consonância com a conjuntura totalitária do século XX. O conservadorismo – tal como fora representado na Colômbia do século XIX por La Regeneración – perdera seu cunho cético e contrários às rupturas, sendo recoberto por um caráter antidemocrático e avesso aos direitos sociais. O intento desse trabalho, portanto, consiste em traçar um breve paralelo acerca do conservadorismo em duas conjunturas distintas: nos governos conservadores colombianos do século XIX e nos países latino-americanos das últimas décadas, ressaltando as modificações que o conceito recebeu. Através de discussões acerca da História do Tempo Presente, visamos apontar como o termo foi historicamente dotado de novos significados, perdendo seu status de doutrina filosófica e convergindo a maleficência do mundo ocidental moderno.

Bibliografia

ALMEIDA, Ronaldo de. Bolsonaro presidente: Conservadorismo, evangelismo e a crise brasileira. Novos Estudos, CEBRAP, São Paulo, v. 38, n. 01, jan./abr. 2019.

DOSSE, François. História do Tempo Presente e Historiografia. Tempo e Argumento, Revista do Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, v. 04, n. 01, jan./jun. 2012, p. 05-22.

SCHWARCZ, Lilia. Sobre o autoritarismo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

 


3. Elaboração de Pré-projeto e Projeto de Pesquisa em História

Proponente: Suzana Arakaki (UEMS)

Resumo

Este mini curso tem por objetivo apresentar ao acadêmico, informações teórico- metodológicas para elaboração de pré projeto e projeto de pesquisa em História em suas várias etapas. Além das metodologias da pesquisa histórica, propõe também, a partir de um tema previamente escolhido, a aplicação prática da escrita desta modalidade de trabalho acadêmico, de acordo com as normas técnicas de redação. 

Bibliografia

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15287. Informação e documentação – Projeto de Pesquisa – Apresentação.

BARROS, José d’Assunção. O PROJETO DE PESQUISA EM HISTÓRIA: da escolha do tema ao quadro teórico. Petrópolis RJ: Vozes, 2012.

CARDOSO, Ciro Flamarion. UMA INTRODUÇÃO À HISTÓRIA. São Paulo: Brasiliense, 1992.

TÉTART, Philippe. CHAUVEAU, Agnés. Questões para História do presente. In: TÉTART, P., CHAUVEAU. A.QUESTÕES PARA A HISTÓRIA DO PRESENTE. Trad. Ilka Stern Cohen. Bauru: SP: Edusc, 1999.

LE GOFF, Jacques. HISTÓRIA E MEMÓRIA. Campinas SP: Editora Unicamp, 2003.

 


4. Fontes arqueológicas na História – A arqueologia em uso pelo historiador.

Proponentes: Rafaela Martins Oliveira; Yury Barbosa Barros (UFOB)

Resumo

O presente minicurso tem como objetivo abordar o uso das fontes arqueológicas no oficio do historiador e nas possibilidades de pesquisa em História. O minicurso se baseia em um contexto interdisciplinar que aborda diferentes componentes curriculares, entre eles: História, Educação Patrimonial e Arqueologia Histórica, que se comunicam no oficio do historiador, nas diferentes possibilidades de pesquisa arqueológica e no diálogo com autores da área, como Cristiana Barreto, Pedro Paulo Funari, André Prouss, dentre outros. A estrutura do minicurso abordará questões relacionadas às fontes arqueológicas como fontes históricas que podem ser utilizadas em diferentes contextos acadêmicos além de relações com a História local, as possibilidades de campo, de planejamento e de como aproveitar os dados coletados nesses locais para compor uma pesquisa arqueológica. De forma geral, o minicurso buscará por contribuir em aprendizagens diversas sobre a importância do papel da arqueologia em constante diálogo com a História, assim como o caráter formativo de historiadores na apropriação do conhecimento arqueológico.

Bibliografia

BARRETO, Cristiana. A construção de um passado pré-colonial: Uma breve história da arqueologia no Brasil. Revista USP, São Paulo, nº 44, p. 32-51, dezembro/fevereiro 1999-2000.

CARVALHO , A. C. de. Preservação do patrimônio histórico no Brasil estratégias. In Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação.

DUARTE, R. M. . Pesquisa qualitativa em educação reflexões sobre o trabalho de campo. Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas) , São Paulo, v. 115, n.115, p. 139-154, 2002.

CHUVA, Márcia . Organização da Revista do Patrimônio Histórico e Artístico nacional n. 34 - Tema História e Patrimônio. 2012. FERREIRA, L. M. Patrimônio, pós-colonialismo e repatriação arqueológica. In Ponta de Lança. São Cristóvão, v.1, n. 2. 2008.

FUNARI, P. P. A. ; FERREIRA, L. M. . Desafios para a Preservação do Patrimônio Arqueológico no Brasil. In Yussef Daibert Salomão de Campos.

FONSECA, M. C. L.. Para além da Pedra e Cal por uma concepção ampla de patrimônio cultural. In ABREU, R. & CHAGAS, M.. Memória e patrimônio e FUNARI, P. P. A. . Patrimônio e memória: considerações sobre os bens culturais. Portal do Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, p. 1 - 10.

LUZ. Carolina Francisca Marchior da. Sítios arqueológicos de registro rupestre: Gestão compartilhada e as ações de preservação do Iphan no Parque Nacional Serra da Capivara e entorno – Piauí, Brasil. Dissertação (Mestrado). Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, 2012.

FUNARI, Pedro Paulo A. ; CHEVITARESE, A. L. . Arqueologia no Brasil hoje. Trabalhos de Arqueologia e Etnologia, v. 53, p. 61-74, 2013.

LOWANDE, W. F. F.. Para além da pedra e cal o Museu Nacional e as ações de preservação do patrimônio arqueológico e etnográfico (1937-1955).

MCGUIRE, Randall H. A Arqueologia como ação política o projeto Guerra do Carvão do Colorado. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia. São Paulo.

SALADINO, A. Prospecções na arqueologia brasileira processos de ressignificação e práticas de preservação do patrimônio arqueológico. In 26ª Reunião.

ORSEN JÚNIOR, C.E. Introdução à arqueologia histórica. Oficina de Livros, 1996. PROUS, A. Arqueologia brasileira. UNB. Brasília, 1991.

PROUS, A.. O Brasil antes dos brasileiros. Jorge Zahar Editores. 2006. REIS, J.A. 2005. Das condições de possibilidade da teoria em Arqueologia do implícito e do explícito na Arqueologia brasileira. In FUNARI,P.P.A. SYMANSKI, L. C. P. ; As Teorias da Arqueologia e suas Relações e Contrastes com a História. Histórica (Porto Alegre) , Porto Alegre, v. 1, n.2, p-8-100.

ZANIRATO, S. H. & RIBEIRO, W. C.. Patrimônio cultural a percepção da natureza como um bem não renovável. In Rev. Bras. Hist. vol.26 no.51 São Paulo, 2006.

SYMANSKI, Luís Cláudio Pereira. Arqueologia – antropologia ou história Origens e tendências de um debate epistemológico. Tessituras , Pelotas, v. 2.

SANTOS, Cecília Rodrigues dos. A noção de patrimônio e a origem das ideias e das práticas da preservação no Brasil. Arquitextos.

 


5. Inquisição e cristãos-novos nos sertões do São Francisco: a trajetória do cristão-novo Antônio Rodrigues Garcia (século XVIII)

Proponente: Elaine da Silva Santos (UFOB)

Resumo

Este estudo contempla as práticas inquisitoriais nos Sertões do São Francisco e a trajetória do cristão-novo Antônio Rodrigues Garcia, que viveu na capitania da Bahia, fixando sua moradia no Sítio do Bom Jesus da Lapa (650 km de Salvador), na primeira metade do século XVIII. A partir da documentação produzida pelo Tribunal do Santo Ofício de Lisboa, custodiados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, foi possível investigar sua trajetória nos caminhos Sanfranciscano. Os rincões sertanejos funcionavam ligando diversas rotas comerciais e religiosas, tanto católica quanto cristã-nova ou criptojudaica, evidenciada pela presença de alguns desses judeus convertidos e de outros que praticavam as leis Mosaicas. O movimentar desses cristãos-novos nos mostraram suas redes de sociabilidades e seus desdobramentos. Por meio das vivências desses sujeitos históricos, foi possível descortinar um momento importante para o Sertão do São Francisco. Sua expansão demográfica, o estabelecimento e a consolidação dos caminhos dos Currais de gado e do ouro, que interligaram várias Capitânias no século XVIII. O conglomerado de pessoas atraídas pela busca do enriquecimento e a fuga do Tribunal lisboeta, esses agentes históricos participaram da construção de uma rede de negócios que movimentou as praças no Ultramar. Este estudo tem a incumbência de proporcionar o entendimento histórico sobre as relações religiosas, comerciais e sociais dos cristãos-novos. Essas implicações discorrerão sobre as fontes históricas, dialogando com os processos inquisitoriais.

Bibliografia

NOVINSKY, Anita. Os Judeus que Construíram o Brasil Fontes inéditas para uma nova visão da História. São Paulo: Planeta do Brasil. 2015.

NOVINSKY, Anita. Cristãos Novos Na Bahia. São Paulo: Editora Perspectiva. 1972.

SALVADOR, José Gonçalves. Os Cristãos-Novos em Minas Gerais durante o Ciclo do Ouro (1695-1755) Relações com a Inglaterra. São Paulo: Pioneira. 1992.

ROCHA, Geraldo. O Rio São Francisco Fator Precípuo da Existência do Brasil. São Paulo: Companhia

Editora Nacional. 2004.

SIQUEIRA, Sonia Aparecida. A Inquisição. São Paulo: FTD. 1998.

SEVERS, Suzana Maria de Sousa Santos. Além da Exclusão a convivência entre cristãos-novos e cristãos velhos na Bahia setecentista. Salvador: EDUNEB. 2016.

 


6. Reflexões sobre a gestão democrática na educação

Proponente: Gilberto Abreu de Oliveira (UEMS/P.M. FERNANDÓPOLIS-SP)

Resumo

Este trabalho é resultado das reflexões e estudos oriundos da vivência no cotidiano como gestor escolar no município de Fernandópolis desde 2016 bem como das leituras do curso de Pedagogia. O objetivo central do trabalho é discutir, à luz dos autores consultados, a necessidade de construção coletiva de gestão escolar democrática bem como refletir sobre os desafios acerca da participação popular e do papel articulador do diretor de escola no cumprimento deste dispositivo legal. Para organização deste minicurso utiliza-se como referenciais, autores que contribuem no processo de reflexão teórica e prática, sendo eles Freitas e Biccas (2009) com a historicidade da Educação Brasileira Nora (1993), e os lugares de Memória; Freire (1967;1996), e a reflexão sobre a prática pedagógica; Penin e Vieira (2002), sobre as funções sociais da escola pública; além de, Paro (2000) e Lück (2006), sobre Gestão democrática e participativa. Para realização do trabalho bibliográfico inicial, foi organizado um levantamento de dados, textos e fontes que contribuem no processo de pesquisa e análise do tema proposto. Desta feita, as angústias sobre as práticas de gestão escolar democrática têm motivado a proposição deste minicurso. Uma vez que a elaboração de Políticas Educacionais que estejam aliadas à Participação popular e à garantias legais para o fortalecimento das práticas de gestão democrática no Brasil, como por exemplo Conselhos Escolares, tem demonstrado a necessidade de se compreender a importância de uma educação democrática na formação do ser humano, além de proporcionar uma compreensão da participação popular nas decisões escolares Este minicurso, voltado para estudantes e profissionais da educação, é proposto como lócus de socialização de algumas experiências de práticas de gestão escolar democrática a partir da ideia central de refletir sobre como, historicamente, tem-se caminhado para o fortalecimento da escola como “ponto de democracia”.

Bibliografia

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 18ª Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREITAS, M. C. & BICCAS, M. S. História social da educação no Brasil (1926-1996). Vol. 3. São Paulo: Cortez, 2009.

LÜCK, H. Concepções e processos democráticos de gestão escolar. Petrópolis – RJ; Ed. Vozes, 2006.

PARO, V. Gestão democrática da escola pública. 3ª ed. São Paulo: Ática, 2000.

PENIN, S. T. S. & VIEIRA, S. L. Refletindo sobre a função social da escola. In. VIEIRA, Sofia Lerche (org). Gestão da Escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p.13-45.



 7. Paleografia de impressos: Alternativas de defesa ao conhecimento histórico da escravidão sob a ameaça do negacionismo.

Proponente: Santierre Luis Krewer Sott (UFGD)

Resumo

Este minicurso é dedicado ao trabalho com fontes impressas do século XIX, com ênfase para aquelas oriundas da prática jornalística cuiabana ao longo do Segundo Reinado. Nosso objetivo é evidenciar alternativas metodológicas de defesa dos conhecimentos históricos contra a negação simples, fundamentadas em evidências catalogadas e reunidas digitalmente no sítio eletrônico da Hemeroteca Digital Brasileira – Biblioteca Nacional, num esforço conjunto de historiadores e historiadoras de vários estados brasileiros desde a década de 1990. Para realizar esta tarefa, pretendemos contextualizar o referencial bibliográfico e apresentar iconografia, discursos, e ideologias presentes nos jornais, bem como, rudimentos de edição e editoração compreendidos na atividade jornalística do período e, relacionar noções da paleografia de impressos e peculiaridades contidas nesta tipologia de fontes.

Bibliografia

STONE, Lawrence. Prosopografia. Curitiba: Revista Sociologia Política, tradução do texto original de 1971, v.19, n.39, jun. 2011. p. 115.

BERWANGER, Ana Regina; REAL, João Eurípedes Franklin. Noções de paleografia e diplomática. Santa Maria: Editora da UFSM, terceira edição revista e ampliada, 2008.

VIDAL-NAQUET, Pierre. Os Assassinos da memória: um Eichmann de papel e outros ensaios sobre o revisionismo. Campinas: Papirus, 1988

ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural? In: RIBEIRO, Djamila. Coleção Feminismos Plurais. Belo Horizonte: Letramento, 2018.

RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

 


8. Um clube negro em Londrina: uma História silenciada

Proponente: Larissa Salgado Chicareli José (UEL)

Resumo

Este ensaio visa problematizar o Clube “AROL” - Associação de Recreação Operária de Londrina, tomando como enfoque de estudo os três momentos pelo qual o clube se estruturou. A saber: o primeiro Clube Quadrado (1930/1940) , em que seria uma oposição ao excludente Clube Redondo, este era um clube da elite branca de Londrina. O Clube Quadrado foi um importante posicionamento dos negros e negras na sociedade londrinense, além de afirmar sua negritude, era um espaço para os enfrentamentos de racismo vivenciado não só naquela época, mas até os dias de hoje; O segundo momento foi Associação Beneficente Princesa Isabel (1940/1950). Assim, o mini curso, visará abordar a escolha do nome, e, o porquê da sua mudança, dado o contexto da época. Por último, será abordado a formação da AROL. Quais as motivações para a consolidação deste clube, a escolha de nome e o seu papel na sociedade londrinense na década de (1950/1960). Para tal análise, utilizarei duas dissertações de mestrados realizados na cidade de Londrina, que visam discutir o papel social do clube negro na cidade. Ainda, como base metodológica, foi utilizado as concepções de Ulpiano Bezerra de Meneses (2012) sobre o uso da imagem como fonte, uma vez que a pesquisa sobre o Clube Negro se pautou na coleção fotográfica “Oscar Nascimento” do Museu Histórico de Londrina.

Bibliografia

DINIZ, Larissa Mattos. O Clube Negro de Londrina: Uma experiência contraditória. 2015. 69 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2015.

ESCOBAR, Giane Vargas. Clubes Sociais Negros: lugares de memória, resistência negra, patrimônio e potencial. Dissertação defendida na Universidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação Profissionalizante em Patrimônio Cultural, Santa Maria/RS, 2010.

MARTINEZ, Claudia Eliane Parreiras Marques. Entre palavras e imagens: famílias negras no Museu Histórico de Londrina/PR (1970-2016). Revista de História Regional, v. 23, p. 321-343, 2018.

MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. História e Imagem: iconografia/iconologia e além. In: Ciro Flamarion Cardoso; Ronaldo Vainfas. (Org.). Novos Domínios da História. 1ed.Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2012.

OLIVEIRA, José Donizetti Brandino. O mito da democracia racial: um olhar sobre os movimentos negros em Londrina, 1940-1990; 2002; 121 f; Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Estadual de Londrina. 2002.

SILVA, Maria Nilza da; PANTA, Mariana. A. S; SOUZA, Alexsandro E. P. de. Negro em Movimento: a trajetória de Doutor Oscar do Nascimento. 1. ed. Londrina: UEL, 2014. v. 1. 72 p. TOMAZI, Nelson Dacio. "Norte do Paraná": Histórias e fantasmagorias. 1ª. ed. Curitiba: Aos4ventos, 2000.

 


9. Quilombos: passado e presente da resistência e luta do negro no Brasil.

Proponente: Jorge Ribeiro Diacópulos (UEMS)

Resumo

Símbolos de resistência e luta dos negros escravizados, libertos e livres, os quilombos, assim como a História Social dos Quilombos, vão além do exemplo mais conhecido da nossa História – o Quilombo dos Palmares. Onde houve escravidão, teve resistência e luta dos escravizados. Por esta razão, a formação dos quilombos foi um fenômeno complexo e diversificado no Brasil, e que também está intimamente ligada à formação de um campesinato negro no período do pós-abolição. Tal campesinato negro, formado por ex-cativos que compraram sua alforria, roceiros livres ou libertos pelo 13 de maio, carrega traços étnico-culturais que se constituem na continuidade de um processo iniciado durante a diáspora negra. Sendo assim, o presente minicurso pretende discutir a História dos Quilombos e seus desdobramentos, tais como a luta por direitos das comunidades remanescentes de quilombos. As discussões e reflexões teóricas do minicurso serão feitas tendo como referências pesquisas realizadas por historiadores desse campo de estudo, como Flávio Gomes, Hebe Mattos e Martha Abreu.

Bibliografia

DOMINGUES, Petrônio; GOMES, Flávio. Histórias dos quilombos e memórias dos quilombolas no Brasil: revisitando um diálogo ausente na lei 10.639/03. Revista do ABPN, v. 5, n. 11, jul-out.2013.

GOMES, Flávio. Mocambos e Quilombos: Uma História do Campesinato Negro no Brasil. São Paulo: Claro Enigma, 2015.

MATTOS, Hebe; ABREU, Martha. “Remanescentes das comunidades dos quilombos: memória do cativeiro, patrimônio cultural e direito à reparação”. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH, São Paulo, 2011.

SANTOS, Lourival dos. História oral de quilombos de Mato Grosso do Sul e a (re)invenção da tradição africana no cerrado brasileiro. In: André Gattaz; José Carlos Sebe Bom Meihy; Leandro Seawright (orgs.). História oral: a democracia das vozes, São Paulo: Pontocom, 2019.

YABETA, Daniela; GOMES, Flávio. Memória, cidadania e direitos de comunidades remanescentes (em torno de um documento da história dos quilombolas da Marambaia). Afro-Ásia, N. 47, 2013, pp. 79-117 UFBA.

 


10. Usos da fotografia no ensino de História na educação básica.

Proponente: Giocondo Estigarribia Areco (UEMS)

Resumo

Busco neste mini curso oferecer possibilidades para que o professor de história recorra ao uso de fotografias para o ensino de História na Educação Básica. A sociedade contemporânea tem se utilizado das imagens em diferentes situações e contextos. Usar as imagens fotográficas como fonte histórica contribui para dinamizar as aulas e criar possibilidades aprofundamento do conhecimento histórico. Nessa perspectiva, pretendo sugerir formas de como o professor pode explorar as fotografias em no ensino de história, a partir de conteúdos como meio ambiente, trabalho escravo e identidade regional. Ressalto que a fotografia deve ser vista como uma linguagem apropriada para desenvolver os processos de ensino e aprendizagem, assim, selecionei imagens relacionadas aos conteúdos que pretendo analisar neste minicurso. Sugiro aos interessados possibilidades de como explorar a imagem como fonte histórica para ampliar métodos de ensino aprendizagem em sala de aula, recorrendo também as imagens fotográficas do livro didático e trazendo mais elementos que possibilitem a compreensão do tempo histórico estudado. Esse procedimento possibilita dinamizar a forma como o ensino acontece, amplia os debates, a troca de ideias e norteia a formação de concepções históricas. A fotografia histórica enquanto instrumento dialógico, com seu sentido, contextualizada e dinâmica, se torna mais que um mero instrumento de ensino, ela coloca faz deslocamentos e instiga o aluno para a construção de seu conhecimento histórico. A imagem fotográfica em sala de aula amplia a possibilidade de interlocução e multiletramento no ensino contemporâneo.

Bibliografia

MAUAD, Ana Maria. Usos e funções da fotografia pública no conhecimento histórico escolar. Hist. Educ. [online]. Vol.19, n.47, 2015.

KOSSOY, Boris. Fotografia & História. 5ª ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2014.

BARTHES, Roland. A câmara clara: nota sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. Disponível em: https://farofafilosofica.com/2018/03/02/roland-barthes-9-livros-para-download-em-pdf/. Acesso: 10/08/2020.

RAMOS, Matheus Mazini. A fotografia e o Tempo: Possibilidades de pensar o Tempo via fotografia: Pontos e interstícios. Junduaí, Pacto Editorial, 2012.



11. Noções básicas de Arquivologia

Proponente: Marina Costa de Oliveira (UFTM/UNESP)

Resumo

A Arquivologia é uma disciplina científica que estuda as funções do arquivo, os princípios e as técnicas a serem observados na produção, organização, guarda e preservação dos documentos. Os documentos são constituídos por informações de atividades humanas registradas em um suporte. Dessa maneira, o curso tem por objetivo fornecer aos participantes noções básicas sobre a Arquivologia passando pela definição de documentos arquivísticos, Teoria das três idades, o arquivo permanente e o documento histórico.

Bibliografia

BELLOTTO, H. L. CAMARGO, A. M. A. (coord.). Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Associação dos Arquivistas Brasileiros, Secretaria de Estado da Cultura, 1996.

___________. Arquivos permanentes: tratamento documental. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.

COOK, Terry; SCHWARTZ, Joan M. Arquivos, documentos e poder: a construção da memória moderna. Revista do Arquivo Público Municipal de Indaiatuba, Fundação Pró Memória de Indaiatuba, Indaiatuba (SP), v. 3, n. 3, p. 15-30, jul. 2004.

DELMAS, B. Arquivos para quê? Textos escolhidos. Trad. Danielle Ardaillon. São Paulo: Instituto Fernando Henrique Cardoso, 2010.

HEREDIA HERRERA, A. H. Archivística General: teoria y práctica. Sevilla: Dispitación Provincial de Sevilla, 1991 ROUSSEAU, J. Y.; COUTURE, C. Os fundamentos da disciplina arquivística. Trad. Magda Bigotte de Figueiredo. Lisboa: Publicações Dom Quixote,1998.


NORMAS

Atividade gratuita.

✔ Os minicursos serão gravados previamente e disponibilizados entre os dias 05 a 10 de Outubro aos inscritos.

Normas para proposição de minicursos:

✔ A carga horária do curso deverá ter no mínimo 1 e no máximo 2 horas.

✔ Serão aceitos minicursos que tenham temáticas relacionadas à História e seus diálogos com outras áreas de conhecimento.

Sobre a gravação e postagem do material:

✔ O minicurso deverá ser gravado com recursos próprios, como câmeras e celulares. Ficar atento à qualidade do áudio e imagem do vídeo produzido.

✔ O material audiovisual deverá ser postado em espaço de armazenamento de arquivos online “Nuvem” pessoal, como Dropbox, Google Drive ou Onedrive.

✔ O link gerado em “nuvem” deverá ser enviado para a organização do evento até o dia 25 de Setembro, endereçado ao e-mail: xviiisemanadehistoriauems@gmail.com. (Slides ou PDFs para os participantes poderão ser incluídos no e-mail).

✔ A edição que o vídeo receberá incluirá APENAS:

1) capa do evento em sua abertura 

2) Libras se for solicitado pelo participante do minicurso.

✔ O minicurso será postado no canal do Youtube do evento e  compartilhado aos inscritos entre os dias 05 a 10 de Outubro de 2020.



 

 CRONOGRAMA

Inscrições para propostas de minicursos

 

17/08 a 10/09 

Divulgação dos minicursos aprovados

 

15/09 

Entrega do link do minicurso para a comissão organizadora

 

25/09 

Inscrições para participação nos minicursos

 

15/09 - 30/09